Em fevereiro deste ano, Petrúcio Amorim entrou em estúdio para gravar o disco Petrúcio Amorim canta Gonzagão. São 14 músicas, sendo metade do repertório de Luiz Gonzaga. As outras sete são gravações antigas de composições do próprio Petrúcio e de parceiros como Rogério Rangel e Júnior Vieira. Uma destas músicas, que conta com a participação de Israel Filho, é O rei nas estrelas, que Petrúcio escreveu em homenagem ao ídolo, com os versos: “Um rei não morre/ se muda/…/ lá onde os astros se ouvem/ lá onde mora Beethoven/ mora o Rei do Baião”.
Os arranjos das faixas do CD não são fiéis aos originais. Petrúcio recriou os clássicos gonzagueanos de acordo com sua própria história. Amanhã eu vou (Beduíno), por exemplo, que é uma valsa tristíssima no original, virou uma guaracha mais otimista e forte. A música conta com a participação da novata Karine Leal. “Ela é estudante, não é cantora profissional. Tem uma voz belíssima e quis que ela cantasse no disco”, conta Petrúcio.
Outra participação gravada especialmente para o disco foi a de Santanna, o Cantador em Ranchinho de paia (Francisco Elion). No disco, Cigarro de paia (Armando Cavalcante/ Klecius Caldas) adquiriu contornos românticos, com uma voz mais melodiosa. Imbalança (Luiz Gonzaga/ Zé Dantas), um forró pesado da melhor parceria de Gonzaga, ficou mais suave, mas igualmente dançante. A terra natal de Petrúcio é homenageada em Cidadão de Caruaru, composição de Janduhy Finizola e Onildo Almeida que Gonzagão gravou em 1973, no LP Luiz Gonzaga, lançado pela Odeon.
O disco de Petrúcio ficou pronto há duas semanas. O que mais demorou foi a liberação das músicas - ele teve que esperar quase um mês. O CD já está à venda em algumas lojas da cidade, como a Gramophone, no Shopping Recife, e a Passa Disco, no Shopping Sítio da Trindade. Em junho, o cantor vai se apresentar na Praça do Arsenal, no Recife Antigo; no São João da Capitá, dias 8 e 9 de junho, no Chevrolet Hall; e em diversas cidades do interior. (C.S)
Nenhum comentário:
Postar um comentário